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Professoras e Acadêmicos da UFPR Compartilham Experiências de Viver Pandemia no Exterior

Elaine Leal     8 de abril de 2020 - 14h44

A experiência de viver uma pandemia fora do seu pais de origem foi compartilhada por professores e acadêmicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com a equipe da UFPR TV, em uma reportagem em que narram suas dúvidas e medos e falam sobre a forma como países como França, Portugal e Italia estão lidando com os riscos da doença.

Em fevereiro desse ano, Marcella Lopes Guimarães, professora de História da UFPR que atualmente reside na França, foi diagnosticada com sinusite. Foram oito dias de molho, com idas ao hospital para se cuidar. A experiência foi um alerta para o que viria na sequência: o medo de adoecer em meio a uma pandemia. “A gente tem de respeitar o que ainda se afigura como um mistério”, comenta.

A professora, que está com a filha no país, lembra do momento em que o presidente Emmanuel Macron fez um pronunciamento anunciando as medidas de isolamento social. Do dia 16 de março até o final do mês, quando foi entrevistada, as restrições ainda eram rígidas no país: sair, só para dar assistência a algum familiar em risco, comprar alimentos ou medicamentos e praticar esportes a menos de um quilômetro de casa.

Preocupada com a mãe e a sogra que estão no Brasil, ela também viu o voo de retorno da filha para o país, previsto para esse mês, ser cancelado. Sua estratégia para minimizar os efeitos do isolamento e da distância tem sido organizar uma rotina, descansar e se alimentar bem. “Cuidado, responsabilidade e juízo”, recomenda aos brasileiros.


Professora Marcella vive isolamento na França (Foto: Divulgação)

Nos Estados Unidos, a professora Camila Maciel de Oliveira, pós doutora em epidemiologia e medicina preventiva, tenta conciliar seus saberes e sua trajetória de pesquisa com um período de isolamento cheio de características peculiares. A pesquisadora tem produzido materiais educativos sobre a pandemia.

O Corona News é um pedido para que cada um faça a sua parte e um alerta de que a vida de todos deve mudar. Mesmo para ela, que mora sozinha há três anos, o isolamento tem motivado novas formas de interação, como o contato por aplicativos com os trabalhadores dos lugares onde convivia socialmente.

Estudantes prezam por isolamento

Bruna Furtado da Costa foi estudar na Universidade do Porto, em Portugal, poucas semanas antes de se implementarem as primeiras medidas restritivas relacionadas à pandemia. O prédio dela foi o primeiro do campus a fechar, com a notificação das primeiras suspeitas de contaminação.

Como está morando em residência universitária, ela tem aproveitado o tempo para organizar os estudos à distância, mas a rotina ainda é bastante diferente da dos dias comuns. Fazer atividades online, exercitar-se, assistir série e conversar com os amigos online é o que tem contribuído para reduzir a sensação de solidão. “Estou vivendo algo diferente do esperado, mas estou otimista de que melhore”, comenta.


Ruas de Pisa em Quarentena, fotografada pela estudante Cecília Nunes de Sá (Foto: Divulgação)

Da Itália, a estudante de Relacões Públicas Cecília Nunes de Sá tem relato semelhante. Ela começou a se atentar aos riscos do Coronavírus logo que a situação começou a se alastrar na China. No aeroporto, a caminho do país que a acolheu, viu muita gente de máscara e o uso disseminado de álcool em gel. “Quando cheguei, a situação na Toscana não estava tão ruim”, lembra. Mesmo assim, as atividades foram interrompidas, e o isolamento confirmado.

Egydio Terziotti Neto também foi estudar na Itália, em mobilidade acadêmica. Quando deixou o Brasil, ele já acompanhava as notícias, mas sem imaginar a proporção que a pandemia poderia tomar. Sua estratégia para lidar com as dificuldades tem sido conversar com os amigos, estudar outro idioma e ler o máximo que puder.

O estudante de Publicidade, Felipe Vianna, esteve na Itália no auge da pandemia, mas decidiu regressar por conta do medo de não ter como voltar para o Brasil. Vianna viveu uma saga em diferentes aeroportos para chegar ao destino e enfrentou um isolamento total ao pousar no seu país, no dia 23 de março. “Na região onde eu estava, senti uma solidariedade muito grande, com pessoas muito receptivas. Foi uma situação chata, mas eu não estava sozinho”, conta.

A Agência UFPR Internacional tem atendido dúvidas e monitorado a situação da comunidade em mobilidade acadêmica, assim como dos alunos do exterior que se encontram na instituição. De acordo com o professor André Duarte, diretor da AUI, os grupos no Whats App vêm sendo uma ferramenta de comunicação para responder as demandas e prestar auxílio aqueles que desejam retornar.

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